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Viagem ao Brasil de 1984

Publicado em: 13/03/2021

por Mateus Lovato Gomes Jardim

 

 

 

Mais que evidente é o fato de que os militantes fascistas de Bolsonazi possuem limitado conhecimento de história. Por isto, idealizam um passado recente, acreditando ser uma época dourada, onde haveria respeito aos valores da família patriarcal, harmonia entre ricos e pobres, brancos e negros.

Segundo dados compilados no Almanaque Abril de 1984, o Brasil tinha 30,8% de analfabetismo, mortalidade infantil de 170 em cada mil nascimentos, expectativa de vida de 61 anos, renda per capita de 1,6 mil dólares (isto é uma média, com a brutal má distribuição de renda, a maioria da população sobrevivia com muito menos), com uma população de 120 milhões, existiam tão somente 2,8 milhões de indivíduos cursando o ensino médio, contavam-se 10 milhões de veículos automotores, um para cada vinte pessoas.

A título de comparação, no mesmo ano, o Uruguai tinha 2,6% de analfabetos, a mortalidade infantil em Cuba era de 24 por 1000 nascidos e a expectativa de vida dos cubanos era de 70 anos, a renda per capita na Alemanha Oriental era de 5,1 mil dólares, a União Soviética tinha 42 milhões de alunos matriculados em cursos técnicos e profissionalizantes, a Argentina contabilizava 4,4 milhões de veículos para uma população de 28 milhões. Os indicadores do Brasil eram comparáveis aos dos países mais pobres da África, sendo inferiores inclusive aos vizinhos latino-americanos. Tratava-se de uma sociedade espantosamente desigual, sem serviços mínimos de educação e saúde para a grande maioria dos cidadãos, onde uma pequena classe alta e média convivia tranquilamente e sem remorsos com a fome, miséria, doença e ignorância de seus compatriotas.

Comportavam-se como os brancos europeus nas colônias e, mesmo pior, na medida em que os colonizadores alimentavam a falsa ideia de que traziam desenvolvimento e civilização aos povos submetidos, enquanto a elite brasileira sempre deixou claro seu desprezo pela massa e a negação de qualquer projeto de incluí-los como cidadãos. Assim, na sociedade idílica dos fascistas, as crianças cantavam o hino de chinelo de dedo e andrajos, em péssimas escolas, quando tinham a sorte de as frequentar, oferecendo-se para biscates no turno inverso, preparados para se contentarem com sua condição de cidadãos de segunda classe em seu próprio país.

 

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