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Mídia e pensamento único (por Adalberto Paulo Klock)

Publicado em: 10/12/2019

 

A mídia é a responsável pelo estado selvagem da sociedade brasileira.

Desejamos notícias e informações verdadeiras e de qualidade. Mas como se faz ou se consegue essas informações? É preciso, basicamente, duas coisas: repetição e informação ampla. Na informação ampla deve-se buscar o conhecimento de profissionais dentro da área, competentes e qualificados para debater. Fazendo isso teríamos, então, canais que produziriam debates qualificados com todos os pontos de vista.

Pode-se, também, ao inverso, induzir o aprendizado (alienação) com repetição e informação restrita, amplamente difundida o tempo todo e de forma uniforme por ancoras e, assim, produzir a assimilação absoluta da informação, mesmo errada e fraudulenta. Tornando incapaz o povo comum de negar ou analisar a informação. É a famosa frase, a mentira contada mil vezes torna-se a verdade irrefutável.

Essa segunda formula é a utilizada pela mídia nacional, que massifica a notícia e não produz nenhum debate, nem trás correntes divergentes sobre o assunto, apenas abordado por seus jornalistas ancoras e comentaristas alinhados.

Não se vê debates com autores consagrados, expondo seus pontos de vista sobre a questão e suas divergências. Isso raramente veremos, pois, nossa mídia não busca informar e fazer pensar, mas sim vender o que eles querem.

Nunca vi, na grande mídia, um debate sério sobre as questões fundamentais desse país, onde profissionais e representantes da área em debate pudessem expor e esclarecer a sociedade. Os poucos especialistas que foram entrevistados ao vivo e expuseram pontos contrários aos interesses da mídia, nunca mais foram convidados. Vê-se, sim, os ancoras apresentando a questão e trazendo, na sua defesa, “especialistas” escolhidos a dedo para defenderem os interesses dessas verdadeiras empresas de propaganda.

Um bom programa de informação exige debate e tempo. Ideias não são fotos e uma frase curta, muito menos a mera opinião de ancoras. Pois, a sociedade tornou-se complexa e suas soluções são, obrigatoriamente, complexas. Querer tudo simplificar com fake News é o cúmulo do retrocesso hoje vivido.

Nós não temos mídia, nós temos empresas de propaganda que vendem um produto: a alienação.

Da violência induzida.

A violência assusta, mas ela hoje é menor, proporcionalmente, do que foi nas décadas de 50, 60. E se explica: Naquela época um grave crime que ocorresse em cidade distante 50 km não virava notícia em sua cidade, pois a mídia não era integrada. Poderia, após longo tempo, chegar em jornais, mas sem qualquer repercussão maior.

Hoje o sangue jorra ao vivo nos noticiários. Os crimes são exibidos em cores na sala de estar da casa. E a mídia não ajuda, pois, ao invés de produzir debates com especialistas e soluções à violência, ela vende notícias e propagandas conforme os interesses econômicos em questão, sem se importar com o povo morrer ou sofrer. Defendem o que nunca seria defendido por especialistas. Exemplo é o pacote anticrime do Moro, vergonhoso no aspecto técnico, pois busca a barbárie e o recrudescimento da violência estatal, já absurdamente violenta. Moro não resistiria ao debate público, com especialistas, por uma hora. Ruiria na sua estultice. Ele, Moro, busca levar a morte a todos, sem julgamento, apelação e punição ao assassino quando agente público. Tornaria a morte uma mercadoria comum, como a utilizada nas áreas pobres e pretas de nossa sociedade. Lá a vida ou a morte é produto de troca por milicianos, mormente por policiais, ex ou da ativa. Pretende, assim, democratizar a morte a todos, sejam pretos, brancos ou pardos, pobres ou classe média.

Aterroriza ver a sociedade chorar uma semana a morte de Gugu Liberato, mas pouco se importar com massacre de gente jovem, pobre e preta das favelas. E, segundo o Prefeito Dória, a partir de janeiro os policiais passarão a atirar para matar. Provavelmente será a democratização da morte, também ocorrendo entre a classe média e branca.

E silente a grande mídia, ou pior ainda, defendendo essas medidas sem ouvir os especialistas na questão, sem buscar instruir a população de que já ocorre a morte entre os pobres e pretos, mas que agora poderá ocorrer entre a classe média e branca, e sem direito a julgamento ou punição aos assassinos.

* Adalberto Paulo Klock é servidor público.

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